Um dos mais antigos trabalhos de filigrana

Um dos mais antigos trabalhos de filigrana que se tem notícia data de 2500-2000 a.C. encontrado na cidade de Ur (hoje sul do Iraque). Essas primeiras peças têm os fios soldados sobre uma chapa. Os sumérios desenvolveram técnicas de ourivesaria, cujas habilidades foram passadas através do contacto com outras culturas como as que habitaram o Golfo Pérsico e o Mediterrâneo, chegando até a Etrúria. Reconhecidamente exímios nesta arte, os etruscos associavam filigrana e granulação, soldando esferas de metal sobre os fios como forma de decoração. Outra inovação foi a de conseguir soldar a filigrana em armações, eliminando as chapas das jóias. A textura produzida pelo trançado do fio passa a ser uma das características fundamentais para a técnica. O termo FILIGRANA só é cunhado a partir do século XVII, provavelmente por mérito de Lorenzo  Magallotti. Lorenzo nasceu em Florença, estudou na universidade de Pisa em 1660. Foi diplomata do Grão-Duque Ferdinando II, imperador do Sacro Império Romano, e depois do Duque Cosimo III. Escreveu alguns livros, onde cita e descreve técnicas de joalharia, sendo uma delas o trabalho com fios. A palavra escolhida para nomear a técnica deriva do latim, FILUMM que significa fio e GRANUM, que quer dizer grão. Isso faz alusão e reforça a importância da aparência que os fios trançados dão de gomos, quando a peça está pronta.

Actualmente, existem poucas oficinas capazes de produzir jóias com essa belíssimas técnica.
 Portugal mantém a produção em Gondomar no distrito do Porto e Póvoa de Lanhoso no distrito de Braga.

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